Still/Born (EUA, 2017)

Postado por José Cláudio Carvalho



Direção: Brandon Christensen. Roteiro: Brandon Christensen e Colin Miniham Com: Christie Burke, Jesse Moss, Rebecca Olson, Jenn Griffin, Sheyla McCarthy, Sean Rogerson, Dilan Playfair, Michael Ironside. Duração: 1h 27min.

Quem nunca ouviu aquele ditado: "de boas intenções, o inferno está cheio!" Em se tratando de "Still/Born", o diretor e corroteirista Brandon Christensen provavelmente estava repleto delas. Não podemos dizer o mesmo de um demônio que (supostamente) quer usurpar Adam, o bebê de um jovem casal. Mary e Jack se mudaram recentemente para um luxuoso casarão. O marido se tornou sócio de uma empresa, melhorando consideravelmente seu padrão de vida. Mas Mary leva consigo a perda de um dos filhos - que eram gêmeos - e isso passa a afeta-la de forma cada vez mais perigosa. Ela passa a ver "coisas" pela casa, descobrindo tratar-se de uma entidade maligna. Mas o psiquiatra (ponta de Michael Ironside) prescreve aquele proverbial remedinho, garantindo é tudo não passa de coisas da cabeça dela.

Após dias e noites de medo, a moça resolve pesquisar na internet sobre casos de espíritos malignos que se interessam por bebês. Ela descobre uma mulher que já teve a filha levada por um demônio. Ao visitar a infeliz, Mary ouve uma sinistra gravação em que a outra discute (!) com a criatura infernal. Convicta de que a vida de seu filho está em perigo, ela vive um dilema torturante. Para salvar Adam, seria preciso sacrificar outra criança! Enquanto a pobre e atormentada genitora enlouquece, fica aquela pulguinha atrás da orelha: não seria mais fácil tentar um padre antes de fazer uma senhora besteira?


Jack instala câmeras pela casa e viaja a negócios, deixando Mary à mercê do ser medonho que quer levar seu filho. E dá-lhe embromação, olheiras e cabelos desgrenhados. Ela muda de comportamento sem qualquer motivo, enquanto o roteiro não ata, desata ou mostra a que veio.
Os recursos utilizados passam dos jumpscares bem previsíveis até portas que se fecham, isolando a desesperada mãe de seu filho em perigo. O diretor conhece os cacoetes baratos do gênero e os utiliza com toda cara-de-pau, até chegar no clímax, que deveria causar algum impacto.

Os movimentos de câmera são fluídos e elegantes, a cinematografia "apastelada" é como uma pintura daquele universo suburbano habitado por gente bem-sucedida, que se julga completamente segura no conforto de suas mansões. Porém, os belos planos abertos e a sobriedade com que a narrativa é tratada vão por água abaixo, diante de um resultado tão frouxo e com furos tão rudimentares de roteiro.


Trailer:

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