Direção: André Øvredal. Roteiro: Ian Goldberg, Richard Naing. Com: Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Lovibond, Michael McElhatton, Olwen Catherine Kelle. Duração: 1h 26min.
Ah, saudades de quando eu entrava em uma locadora e passava horas na sessão dedicada aos filmes de terror! Tanta coisa boa! "O Dia de Satã", "O Mensageiro de Satanás", "O Portão" e centenas outras maravilhas formadoras de caráter. "A Autópsia" me remeteu àquele tempo, das fitas seladas lançadas pela Mundial, América, Look e tantos outros selos (a diferença é que, nesse caso, a produção é BEM MAIS classuda).
No longa de André Øvredal, uma belíssima garota é encontrada morta e levada para o necrotério - um local habilidosamente planejado para botar MUITO medo. Chegando lá, pai e filho se encarregam do corpo. Um bocado de bizarrices começa a acontecer, na medida em que o trabalho avança. Os dois são respectivamente encarnados por Brian Cox e Emile Hirsch.
O corpo Jane Doe (feminino de John Doe, termo utilizado para corpos sem identificação) dá uma impressão pra lá de incômoda de que vai se mexer, piscar um olho ou algo assim. Os eventos sobrenaturais provocados por sua presença encontram eco no ambiente mórbido no necrotério, sem que demande muito esforço para eriçar os pelos do braço. Porém, sinal dos tempos, deram um jeito de enfiar uma explicação no roteiro - e não há suspensão da descrença que colabore nessa hora! Os legistas conseguem desvendar o mistério, os porquês dos acontecimentos que os cercam.
Aliado ao motivo supracitado, está um terceiro ato meio caótico, aparentemente feito às pressas. Mas a atmosfera tétrica, valorizada pelo cuidadoso design de produção e a cinematografia, dá à obra aquela aura de filme de terror old school, do tipo que passava no saudoso Cine Trash. O filme é quase totalmente passado dentro do necrotério, o que inclui um corredor nada amigável. Mesmo que o resultado não seja tão supimpa, aquele ambiente sufocante garante algumas unhas roídas.
Trailer:
0 comentários:
Postar um comentário