Um Dia de Caos (Mayhem, EUA, 2017)

Postado por José Cláudio Carvalho



Direção: Joe Lynch. Roteiro: Matias Caruso. Com: Steven Yeun, Samara Weaving, Steven Brand, Caroline Chikezie, Kerry Fox, Dallas Roberts, Mark Frost, Claire Dellamar, André Erikssen, Lucy Chappell. Duração: 1h 26min.


Dereck Cho (Steven Yeun, de "The Walking Dead") é um jovem aspirante a um cargo elevado na empresa de advocacia em que trabalha. Suas ambições vão para o vinagre quando uma colega de trabalho faz uma armação e ele é demitido. Por acaso, seu pé na bunda coincide com a chegada do vírus ID-7 ao prédio onde a empresa se localiza, transformando o local em uma arena sangrenta. O tal agente provoca o que os especialistas chamam de "sequestro emocional", reduzindo seres humanos a animais - como se precisássemos disso para deixarmos nossos instintos aflorarem.



O protagonista se une à loirinha Melanie Cross (Samara Weaving, repetindo o tipinho carismático de "A Babá"), uma garota que está furibunda porque está prestes a perder sua casa. Os dois empreendem uma subida até o topo do edifício em quarentena - enfrentando os chefes de cada "fase", como em um game -, a fim de recuperar o emprego de Derek e a casa de Melanie. No processo, muito sangue e quebra-paus, tudo por causa da  presença do vírus, que justifica os atos insanos das pessoas infectadas.


Logo no inicio, a música utilizada como trilha para as cenas narradas em off faz crer que estamos diante de uma baita comédia de humor negro. Porém, a narrativa dá uma pequena engastalhada até que as engrenagens rodem a contento. Basicamente, é uma história de zumbis. Mas em vez de mortos-vivos tradicionais, o que temos é a ampliação dos instintos humanos - e a subsequente liberação das intenções nefastas que habitam nosso íntimo.


O roteiro critica o canibalismo das grandes corporações e a desumanização que isso provoca. Quando rola o quebra-pau, não é difícil imaginar tudo aquilo como uma metáfora para o ambiente de competição agressiva ao qual aquelas pessoas são submetidas. Numa tentativa de soar cool e diferentão, "Um Dia de Caos" soa mesmo é monótono. O par central tem química, e certamente há boas ideias pulverizadas pelo texto. Mas, se os personagens infectados apresentam olhos vermelhos, faltou sangue nos olhos do roteirista e do diretor. 

Trailer:


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